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Por que os grupos de risco são mais afetados pelo coronavírus?

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pixabay/Reprodução

Com o crescente número de pessoas infectadas pelo coronavírus, o debate sobre como a doença afeta os grupos de risco tem ficado em evidência. Ainda que as pesquisas sobre a Covid-19 estejam no começo, especialistas da saúde já podem afirmar que algumas pessoas sofrem mais com o vírus do que outras. Segundo o endocrinologista Mateus Dornelles Severo, isso não significa que esses pacientes contraiam o coronavírus mais facilmente, porém, os efeitos são mais graves.

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Os dados mais recentes do Brasil dão conta de que, até este domingo, 136 pessoas morreram por conta da Covid-19. Desse total, 39,2% eram mulheres e 60,8%, homens. Cerca de 90% tinham mais de 60 anos e as doenças crônicas mais presentes nesses pacientes eram cardiopatias, diabetes, pneumonia e condições neurológicas. Segundo Mateus, quanto mais fora de controle estiverem essas condições, maior será o risco. 

O endocrinologista explica que a pessoa com diabetes tem uma resposta imunológica celular deficiente, ou seja, o corpo não consegue lutar contra o vírus de forma apropriada. Além disso, muitas têm outras doenças relacionadas, como hipertensão ou doenças vasculares.

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- O paciente com diabetes, ele pode ter um diabete leve, bem tratado, ou um diabete com múltiplas complicações e com tratamento ruim. O paciente com diabete não é todo igual. Alguns são mais fragilizados, aquele com bom tratamento tem risco um pouco menor de ter mais complicações - explica o médico.

Já em relação às pessoas com doenças cardiovasculares, Mateus conta que, no momento que o paciente entra em ventilação mecânica, ou seja, quando é ligado a um aparelho que faz a função da respiração, o coração, que já não está funcionando bem, não consegue oxigenar todos os órgãos. Tanto pacientes com diabetes, quanto com hipertensão, podem apresentar quadro séptico e insuficiência renal.

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Complementarmente, os idosos costumam acumular um grande número de doenças crônicas. Isso os torna mais fragilizados e acaba levando a um alto índice de mortalidade pelo coronavírus.

A IMPORTÂNCIA DE NÃO ESTOCAR REMÉDIOS
Mateus conta que muitos dos seus pacientes com diabetes têm tido dificuldade em encontrar a insulina correta nas farmácias. Isso porque muitas pessoas estão comprando a medicação em altas quantidades, com medo de que, a longo prazo, acabem ficando sem. No entanto, o endocrinologista alerta que se todos seguirem adquirindo conforme a necessidade diária normal, todos terão acesso aos remédios que precisam.

Outra orientação dada pelo especialista é seguir as recomendações de isolamento social dos infectologistas:

- Outra importância do achatamento da curva é que outros pacientes, que têm outros problemas, não encontrariam ajuda porque os hospitais estariam lotados atendendo coronavírus - diz o endocrinologista.

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Apesar de estar com o consultório fechado, Mateus segue atendendo aos pacientes por telechamada, ou seja, fazendo consultas por ligação ou chamadas de vídeo. Para quem precisa de orientações sobre doenças como diabetes ou relacionadas ao mau funcionamento da tireoide, o médico deixa telefones de contato: (55) 3307-5553 ou (55) 99966-4104. Ele também tem gravado vídeos falando sobre a Covid-19 e sua relação com outras doenças. Você pode assistir aos vídeos aqui.

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